A parada de Bush

Não vai faltar quem diga que sou um agente infiltrado do Homem das Cidades. Não sou, embora reconheça que três citações de seguida são demasiadas para um blogue só. Só que há coisas que têm de ser divulgadas, e este excerto do Daily Show de Jon Stewart, recentemente transmitido na SIC Radical, é uma verdadeira delícia que não resisto a colocar na nossa Base. É nestas questões da liberdade de expressão que, apesar de todos os Bushes, os EUA continuam a ser imbatíveis...

A frase do dia

Se Teixeira dos Santos não é um simples pau-mandado de Sócrates, então é um pau-mandado de quem?

(Sofocleto, in Um Homem das Cidades, a propósito do comentário de Fernando Madrinha no Expresso: «Pelo que já se vai percebendo, Teixeira dos Santos não é um simples pau-mandado de Sócrates»)

Um crime anunciado?

Mesmo para quem não alinha facilmente em teorias da conspiração há coiosas que dão que pensar. É o caso da história do episódio piloto da série de televisão da Fox The Lone Gunmen, onde se descreve um plano do governo norte-americano para levar um Boeing 727 a chocar contra o World Trade Center, através de controlo remoto, de modo a culpar terroristas estrangeiros e, assim, dar um novo fôlego à indústria de armamento. A história não seria nada de espantar (afinal, basta ver que no 24, actualmente em exibição na RTP-2, o cérebro dos ataques terroristas é o próprio presidente americano...) se não tivesse sido transmitida nos EUA seis meses antes do 11 de Setembro de 2001. Há quem acredite em coincidências. Eu não e o Citadino, que foi onde descobrimos esta história, também não. Ah, e para quem ache que o controlo de um avião a partir de terra é apenas um produto da imaginação de alguns, esclareça-se que esse é o cerne de um método desenvolvido para fazer frente ao desvio de aviões por piratas do ar...

Perversões americanas

O protagonista do mais recente escândalo norte-americano, o congressista republicano Mark Foley (um alcoólico arrependido, tal como Bush, que foi recentemente acusado de ter trocado mensagens pornográficas com vários menores) revelou agora, através do seu advogado, que foi vítima de abusos sexuais na adelescência. O alegado abusador terá sido um padre católico - coisa que, nos EUA, dá imenso jeito - o que, supostamente, terá levado o ex-jovem Mark a enveredar pela para-pedofilia não assumida. Nós sabemos que a padralhada é responsável por muito do que de mal tem acontecido ao longo dos últimos dois milénios. Mas daí a justificar as perversões actuais de Foley com uns supostos abusos de há quarenta anos parece-me um pouco de mais. Ah, o mais curioso é que, ao que parece, o presidente da Câmara dos Representantes, David Hastert, sabia de tudo desde há dois anos. Ou seja: que Foley assediasse por e-mail uma série de jovens auxiliares era coisa de somenos, desde que não fosse do domínio público. Azar deles: agora já é. A grande ironia de tudo isto é que Foley era, no Congresso, o responsável pelo Comité Parlamentar de Crianças Desaparecidas e Exploradas. Com toda a razão, digo eu: ele é um verdadeiro expert no assunto...