24 novembro 2010

Quem luta nem sempre vence, mas quem não luta perde sempre

24 de Novembro é dia de luta.

24 junho 2010

Saramago, sempre

"Mas não subiu para as estrelas,
se à terra pertencia"

Amigos e inimigos não podem deixar de concordar numa coisa: foi um escritor grandioso e um ser humano interveniente e frontal. Entrou definitivamente na eternidade no dia 18, em Lanzarote, repousa agora em Portugal. Os dias que se seguiram à morte de José Saramago foram férteis em gestos grandiosos, mais do que justamente merecidos pelo único Prémio Nobel de língua portuguesa e autor de uma obra que se destaca pela grande qualidade. Livros como "Levantado do Chão" e "Memorial do Convento", "O Ano da Morte de Ricardo Reis" e "Jangada de Pedra" são, qualquer letrado básico o reconhece, obras fundamentais da literatura lusófona do século XX.
O desaparecimento físico do escritor não apagou um dos seus melhores traços de carácter: Saramago tinha muitos amigos, mas também uma quantidade apreciável de inimigos, felizmente. Porque só os medíocres não têm inimigos. O que pode servir para que se entenda, mas não justifica - bem pelo contrário - o gesto mesquinho do impropriamente eleito presidente Cavaco. Mesmo sabendo que ele não tem estudos para tanto, imaginava-se que o homem se esforçaria por ser mesmo o presidente de todos os portugueses, mas não: é apenas, na melhor das hipóteses, o presidente dos portugueses para quem a obra, os prémios, o percurso literário e humano, o reconhecimento mundial de José Saramago nada diz. Estou em crer que serão muito poucos os que, mesmo não apreciando particularmente os livros e/ou as posições públicas do escritor, se sentirão à vontade para aplaudir um presidente tão falho de tudo, inclusive de sentido de Estado. Justamente aquilo que um presidente não pode perder nunca...

29 maio 2010

Vamos dar a volta a isto!

Eu vi este povo a lutar
para a sua exploração acabar
Sete rios de multidão
que levavam a História na mão

Sobre as águas calmas
Um vulcão de fogo
Toda a terra treme
Nas vozes deste povo

Mesmo no silêncio
Sabemos cantar
Povo por extenso
É unidade popular

(...)

A canção (uma das mais belas criações de José Mário Branco) diz o essencial daquilo que se deseja. O resto diremos nós, todos. Hoje e sempre.

14 maio 2010

É a Bruna, minino

A jovem da foto chama-se Bruna é uma professora de música duma escola primária de Mirandela que vai ser afastada por decisão da Câmara local depois de ter posado para a edição de Maio da Playboy. Porque, dizem, “aparecer numa revista sem roupa não é compatível com a função de educadora”. Em Mirandela, a revista esgotou logo no primeiro dia em que surgiu à venda. E consta que a sempre saudável prática da sarapitola aumentou exponencialmente nos últimos dias entre a população masculina de todas as idades, nesta cidade do Tua. Ou seja: Bruna vai à vida, apenas porque a música dela é outra, não compaginável com a triste realidade transmontana. Mas a verdade é que as existências dos jovens mirandelenses ficaram mais iluminadas pela atitude desta professora desassombrada. Por isso O Terrorista não tem dúvidas: Bruna, estamos contigo. Dá-les música, que eles merecem.

12 maio 2010

O Terrorista em bolandas

O terrorista, o próprio, anda um bocado cansado. Desgaste de material, nada de mais. De resto visível pelo "mapa de produção" aqui do blog: mais de metade dos parcos apontamentos do sítio foram escritos no primeiro ano, os restantes dividem-se pelos três anos seguintes.
Não foi alheio a este facto a indisponibilidade que, a certa altura, dois membros do clã manifestaram: os companheiros Esbolá e Robot-Bomba tinham boa vontade e apego à causa, mas não nasceram para terroristas. E assim, a partir de agora e por comum acordo, estão formalmente desvinculados do blog. Amigos como dantes, é claro, que nós não somos terroristas estilo jack bauer.
Para a troca, juntou-se à equipa João Sem Terra, que promete uns belos atentados orais para breve. Assim tudo corra como se deseja, e O Terrorista passará novamente a marcar presença (mais ou menos) assídua na net, ainda que o terrorista, o próprio, vá andar muito mais arredado das lides. Não reformado, mas mais descansado. O João toma bem conta da loja, tenho a certeza.

Assédio


Enquanto o Papa abençoa os peregrinos e o Governo mete o dedo no cu de crentes e não crentes com o beneplácito da direita parlamentar, uma fã dos UHF foi condenada a 2 anos de pena suspensa por assédio a António Manuel Ribeiro, o vocalista e alter ego da banda. Ele há gente para tudo, como se vê.

10 maio 2010

A visita do Papa


Por ocasião da visita de SS o Papa Ratzinger, O Terrorista deixa-se enlear pelo mais puro espírito cristão e propõe-se partilhar com os leitores uma obra lietrária rara e há muito esgotada, mas sem dúvida apropriada à quadra festiva que se segue à vitória do Benfica: A Visita do Papa, um texto (brilhante, como não podia deicar de ser) de um dos maiores poetas portugueses vivos, o grande Alberto Pimenta. Foi publicado originalmente nos primórdios da década de 80 do século XX, por ocasião da visita do papa precedente, o extinto JP II. A poucos minutos da chegada de Ratzinger à Portela, tomai e lei todos, que esta é a palavra do Senhor Pimenta. E reza assim, salvo seja:


Enquanto o papa não chega
Todos dão a sua achega*

POR EXEMPLO:

As autoridades convencem com os dentes.
Os deputados erguem as nádegas
para lhes serem metidas moedas na ranhura.
Os investidores apostam na sementeira
de guardas-republicanos.
Os magistrados justificam o uso
da força com a força do uso.
Os militares apoiam a democracia em geral
e o cão-polícia em particular.
Os tecnocratas correm o fecho-éclair
para fazer luz sobre o assunto.
Os psiquiatras metem o dedo no olho
do cliente para lhe aprofundar os desvios.
Os mestres ensinam os cães particulares
a defecar nos passeios públicos.
Os escritores erguem a voz acima de todas para
dizer que todas as vozes se devem fazer ouvir.
Os funcionários públicos zelam por que tudo
o que não é proibido seja obrigatório.
Os sacerdotes encaminham a alma
para o sétimo céu.
Os internados no manicómio recebem
coleiras novas com o número fiscal.
Os jornalistas dão peidos que abalam a
qualidade de vida da cidade.
O povo digere tudo porque tem
dentes até ao cu.
Os polícias de choque referem-se
às conquistas de abril.
Os anjos da guarda interceptam os
pacotes com as bombas e explodem.

ÀS VEZES, PARA VARIAR, SÃO:

As autoridades que erguem as nádegas
para lhes serem metidas moedas na ranhura.
Os deputados que apostam na comercialização
dos guardas-republicanos.
Os investidores que justificam
a força do uso com a força da usa.
Os magistrados que apoiam a democracia em
público e o cão-polícia em particular.
Os militares que empunham o facho-éclair
para fazer luz sobre o assunto.
Os tecnocratas que manipulam os dados
com os dedos e os dedos com os dados.
Os psiquiatras que ajudam os cães a com
pensar o seu complexo anal e vice-versa.
Os mestres que erguem a voz para dizer
quais as vozes que se devem ouvir.
Os escritores que zelam por que aquilo que é
proibido se torne obrigatário e vice-versa.
Os funcionários públicos que encaminham as
almas para o sétimo selo.
Os sacerdotes que recebem as colheitas com
a colecta anual.
Os internados no manicómio que dão
peidos que abalam a (so)ci(e)dade.
Os jornalistas que digerem este mundo e o outro
porque têm dentes fora e dentro.
O povo que se refere às conquistas de
abril.
Os polícias de choque que empacotam
as bombas e explodem.

OUTRAS VEZES, POR DESFASTIO, SÃO:

As autoridades que apostam na bosta para
a sementeira dos guardas vingar
Os deputados que justificam a força
do uso com a força do uso da força.
Os investidores que apoiam a polícia da
democracia e o cão em ge(ne)ral.
Os magistrados que lançam mão da ficha in
formática para fazer luz sobre a temática.
Os militares com o dedo que apontam sem desvio
ao olho e vice-versa.
Os tecnocratas que instituem o im
posto an(u)al para cães.
Os psiquiatras que erguem a voz por motivos
alheios à sua vontade.
Os mestres que zelam por que tudo continue
como está e quase nada vice-versa.
Os escritores que encaminham as almas
para o seu solo de tromba.
Os funcionários públicos que recebem
poleiros com hygiephone bucal.
Os sacerdotes que dão peidos que
embalam a cidade.
Os internados no manicómio que não
digerem nada porque ficaram sem os dentes.
Os jornalistas que se referem às
conquistas de abril.
O povo que desembrulha o pacote
e explode.

OU ENTÃO SÃO:

As autoridades que têm jus ao uso
da força por força da força.
Os deputados que apoiam a polícia democrática
em geral e o cão político em particular.
Os magistrados que metem o dedo no olho do
arguido para ver se ele contém argueiro.
Os militares que ensinam os cães a reagir
ao toque de defecar.
Os tecnocratas que rebaixam a voz quando
se querem fazer ouvir no ovil.
Os psiquiatras que zelam por que tudo o que
não é proibido pareça e digamos vice-versa.
Os mestres que encaminham as almas
para o seu sítio.
Os escritores que operam com números
velhos e colírios novos.
Os funcionários públicos que dão peidos
dentro da legalidade sindical.
Os sacerdotes que digerem tudo
porque só ingerem papa claro.
Os internados no manicómio que se referem
às conquistas de abril.
Os jornalistas que embrulham as bombas
que explodem na boca do leitor.

Mas
Quando o papa chegar,
Sim
Quando o papa chegar,
Todos vão interromper
O que estão a fazer,
Todos querem ver o papa*
Conversar com os doentes.
Erguer as nádegas
para os devotos lhe meterem ex-votos na ranhura.
Apostar em publicanos e republicanos.
Justificar a força do uso com
a força da usura.
Rezar pela democracia em geral
e pelo cão polícia em particular.
Erguer a voz em maio para
curar quistos de abril.
Dar um peido
que brada aos céus.
E encaminhar assim as almas
por esta via sacra.

Porém
O papa
Limitar-se-á
A Clamar e proclamar que
O

É o mais macio e absorvente de todos
(além disso apresenta-se desde agora em
modelos duplex com 900 folhas em todas
as gamas de cores do arco-íris e
um estojo da maior utilidade!)
O

Ao seu alcance
(e poderá ainda receber um super b
ónus de 250 contos em ouro!)

DE MODO QUE DORAVANTE
PODEM POR BIZARRIA:

As autoridades apoiar a polícia em público
e o cão democrático em particular.
Os deputados correr o fecho-éclair
para fazer luz sobre o affaire.
Os investidores pedir luvas
para meter os dedos de môlho.
Os magistrados legislar acerca
dos cães e respectiva matéria.
Os militares erguer a voz para dizer que
a sua voz não se faz ouvir.
Os tecnocratas zelar por que tudo o que ainda
não é obrigatório o seja e não vice-versa.
Os psiquiatras encaminhar as almas para
o sétimo sono.
Os mestres distribuir coleiras novas
com a inscrição «tal qual».
Os escritores dar peidos
que empolgam a cidade.
Os funcionários públicos digerir tudo
porque têm dentes até ao cu.
Os sacerdotes referir-se às conquistas
de abril.
Os internados no manicómio construir
a bomba e explodir.

O que não podem,
O que doravante
Nenhum deles
Pode negar
É que o

É o mais macio e absorvente de todos
O

Ao seu alcouce
(e ainda poderá receber um super b
ónus de 250 contos em ouro!)

*Em espírito de profunda caridade pelas legítimas aspirações e valores autênticos da humanidade

Note bem:
Na concretização dum projecto tão grandioso como este, trabalhou-se arduamente durante cerca de 1 ano para conseguir chegar a uma produção digna do seu nome, com a tradicional qualidade dos nossos produtos e o inegável critério de perfeição que nos caracteriza.

«A Visita do Papa», de Alberto Pimenta, Ed. & Etc, Maio de 1981.

07 maio 2010

A mentira das privatizações

Ao longo dos anos, os sucessivos governos do PSD e do PS têm levado a efeito uma ininterrupta lavagem ao cérebro dos portugueses e das portuguesas sobre as privatizações, os seus «benefícios» e a sua «inevitabilidade» para a salvaguarda do futuro de Portugal. Uma mentira que, tragicamente, tem produzido efeitos nefastos - e não apenas junto de cabeças mais simples...
Ontem, na Assembleia da República, o deputado do PCP Agostinho Lopes voltou a chamar os bois pelos nomes, na interpelação ao governo sobre as privatizações. Excertos da sua intervenção, retirados - com a devida vénia - do Tempo das Cerejas:

«(...) Na justificação do esbulho do património público, abundam na propaganda das privatizações mentiras sistemáticas e mistificações persistentes. Os governos nunca abdicaram da tentativa, de as justificar, substituindo a teoria económica e política por propaganda. Uns contidos, como os governos PSD de Cavaco Silva, outros exuberantes, como os governos do PS/António Guterres, de que apresento algumas “pérolas”, publicitárias pagas pelo XIII Governo! Uma boa síntese de mentiras e mistificações.
Ao longo dos anos de política de direita, a mentira dos prejuízos do Sector Público foi repetidamente propalada. Mesmo, depois de um Livro Branco, mandado elaborar por um Ministro das Finanças, demonstrar uma evidência: as nacionalizações foram financeiramente vantajosas para o Estado Português!
Depois foi o capitalismo popular! O Livro Branco desfez a mentira: 99% dos accionistas detinham uma percentagem insignificante do capital social das empresas privatizadas.
Outra tese, hoje caída em desuso, pelo comportamento da GALP, EDP, BRISA, etc, foi a da “Privatização igual a fim de monopólios e mais concorrência”. De facto substituíram-se monopólios públicos dirigidos e regulados pelo Estado, pela vontade majestática de monopólios privados!
Como é extraordinária a propaganda das vantagens para trabalhadores e consumidores. Uns, foram despedidos aos milhares. Os outros passaram a ter ou continuaram a ter preços e tarifas e comissões, na energia, nas comunicações e transportes, nos serviços financeiros, etc, elevadíssimos comparados com os seus “concidadãos europeus” com poderes de compra, salários e pensões, várias vezes superiores!!! Os exemplos são em demasia!
Outro objectivo afirmado e propaganda feita, foi a da redução da dívida pública. Se inicialmente tal aconteceu, tendo as privatizações permitido a dita convergência nominal a caminho da moeda única, rapidamente, como os gráficos tão flagrantemente exibem, a dívida pública transformou-se num buraco sem fim nem fundo, onde desapareceram milhões e milhões de euros sem nunca a saciarem!
(...)
As privatizações anunciadas no PEC, vão agravar todos os problemas decorrentes das anteriores privatizações. Um criminoso programa de privatizações atingindo sectores estratégicos e monopólios naturais, eliminando qualquer resquício da presença do Estado em empresas estratégicas e estruturantes da economia e do território.
As inevitáveis consequências, tendo em conta 20 anos de privatizações são fáceis de prever.
No campo de forças económico, o avolumar e consolidar da potência económica/social e política de um número restrito de grupos (económico-financeiros), acentuará uma estrutura monopolista/oligopolista, em sectores de serviços e bens essenciais. Reforçará uma hierarquia de relações de domínio e desfavoráveis a grandes, médias e pequenas empresas privadas, ao próprio Estado. Em matérias de mercados, no acesso a fundos públicos e comunitárias, na definição das normas e regras económicas pelo poder político, nos preços e tarifas daqueles bens e serviços.
Não haverá, como a experiência suficientemente tem demonstrado, entidades reguladoras, que respondam a este problema.
No plano das contas públicas o Estado vai continuar a perder as receitas dos dividendos que deixa de receber (trata-se no fundamental de empresas bastante lucrativas), e também perde receitas fiscais (as mesmas empresas, privatizadas passaram a pagar menos!), agravando o défice orçamental. Só entre 2004 e 2009 o Estado recebeu de dividendos mais de 1 400 milhões de euros de dividendos. É uma parcela significativa desta fonte de receitas públicas que o Governo PS agora pretende vender aos grandes grupos económicos. Agrava-se a Balança de Pagamentos pela crescente saída de rendimentos por exportação de dividendos correspondentes à forte presença do capital estrangeiro no capital social das empresas privatizadas! Mais de 50% do capital accionista da PT, EDP, BCP, BES, BPI e BRISA está hoje na mão de capital estrangeiro. O Governo PS acha pouco! Em 2008 os rendimentos pagos ao exterior atingiram 20 mil milhões de euros.
Vinte anos depois, 36 mil milhões de euros de privatizações depois, o rácio Dívida Pública/PIB quase duplicou! E vai continuar a agravar-se, como o próprio Governo reconhece no PEC. (...)»

06 maio 2010

Abril em festa

Celebrar Abril pode e deve ser uma festa, como se prova por este filminho que encontrei no blogue da Fátima Rolo Duarte. Oito minutos e 43 segundos que vale a pena ver.


As marchas populares no olhar da Fátima Rolo Duarte estão no Vimeo.

27 abril 2010

As palavras e os actos

Na madrugada de 25 de Abril de 1974, um jovem capitão de 29 anos reuniu os seus homens da Escola Prática de Cavalaria de Santarém. Falou-lhes do estado a que Portugal chegara e terminou dizendo: «quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!».
Vieram todos, sem excepção, mesmo sabendo que corriam riscos, incluindo o risco de não regressar com vida. Ao fim de algumas horas, caía um regime cansado de guerra. É por isso que aqui estamos hoje.
Foram eles os filhos da madrugada. Não caminharam para Lisboa em busca de cargos ou de lugares. Não vieram à procura de um lugar na História – e é justamente por isso que o merecem.
Como o retratou Sophia de Mello Breyner, Salgueiro Maia foi «aquele que deu tudo e não pediu a paga». Um exemplo notável para muitos Portugueses dos nossos dias, que tantas vezes cedem às seduções vazias e efémeras da sociedade de consumo e outras tantas vezes medem o valor dos homens pelo dinheiro ou pelos bens que ostentam.


É verdade: eu poderia ter escrito estas palavras. Mas não, o autor da extensa citação é nem mais nem menos que... Cavaco Silva. Disse tudo isto e muito mais durante a celebração dos 36 anos da revolução de Abril, em plena Assembleia da República! O mesmo Cavaco que, há 20 anos, recusou a Salgueiro Maia uma pensão por relevantes serviços prestados ao país - que, três anos depois, foi atribuída a um bando de pides. Agora, pelos vistos, o corta-fitas de serviço quer mostrar que «evoluiu». E - pasme-se - até elogia Salgueiro Maia e cita José Afonso! Um dia destes ainda o apanhamos a fumar...