Com palavras

Na morte de Naguib Mahfuz, as palavras (uma vez mais) parecem ser definitivas. As dele, neste caso. Duas frases, colhidas quase ao acaso e pedidas de empréstimo à Sopa de Nabos:

"O sentido da vida não é independente da própria vida. Viver quer dizer comer, beber, dormir, amar, trabalhar, pensar. É este o sentido da vida." (Le Figaro, 1993)

"Quando se fala de consciência, fraternidade e justiça no mundo, algumas pessoas dizem que são apenas palavras que exprimem sonhos. Mas nem só os pesadelos podem tornar-se realidade; os sonhos também podem materializar-se." (El País, 2001)

O Nobel da Literatura Naguib Mahfuz era cego e dava graças a Deus por isso. «Para não ver a morte das crianças palestinianas».