06 setembro 2006

Valha-nos Deus!

A notícia já tem mais de um ano, mas só os jornalistas têm de estar a par das actualidades. O Terrorista está acima dessas mundanidades de espaço e tempo, lembra-se quando tem de se lembrar e apenas daquilo de que quer lembrar-se. Mais uma vez com a ajuda da Sopa de Nabos a que o Firmino agora chama Cozido à Portuguesa, mas também da Planície Heróica e do ora inactivo Resistente Existencial, descobri esta bela versão d'«A Última Ceia» de Da Vinci. A foto é da campanha publicitária da marca francesa Marithe & François Girbaud, ue segundo contou a BBC, o outdoor em que aparecia foi proibido em Milão, depois de a câmara municipal da cidade ter considerado que o uso de símbolos religiosos poderia ofender os moradores da cidade, uma vez que esse tipo de imagem não pode ser usada para fazer paródia com fins comerciais sem ofender pelo menos parte da população. Então porque é que autorizam as missas dominicais? E as peregrinações a Fátima? E o enterro do Papa? Querem maiores paródias com fins comerciais e que ofendem parte da população? Eu, por exemplo, fico ofendido de cada vez que vejo o espectáculo deprimente e inumano dos pobres crentes que se arrastam, literal e ingloriamente, até à capelinha das aparições!

1 comentário:

marta cs disse...

Tiraste-me as palavras da boca!

Mas por que raio é que se "ofendem" e obrigam, assim, a limitar a liberdade de expressão? Eu também tive de levar com a beatificação da lúcia e companhia em todos os canais portugueses, várias horas a fio. Senti-me profundamente ofendida - eu e uma parte da população, com certeza - e ninguém quis saber.

Em comunicação social e cultural não há intocáveis. Devia aprender-se isto na escola primária.